Manitowoc investirA? R$ 70 milhA�es em fA?brica de guindastes no RS

Mar 02 2011
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SecretA?rio Beto Albuquerque participou da assinatura do protocolo de intenA�A�es no PalA?cio Piratini. Foto Caco Argemi

O boom da construA�A?o civil no paA�s, principalmente pelas obras de infraestrutura e do setor de petrA?leo e gA?s, com o polo naval gaA?cho e a construA�A?o de quatro refinarias, alA�m de eventos esportivos, como a Copa do Mundo e a OlimpA�ada, levou o grupo norte-americano Manitowoc Crane Group a resgatar um projeto de 2006 e investir R$ 70 milhA�es na abertura de uma fA?brica em Passo Fundo, na regiA?o da ProduA�A?o. O protocolo de intenA�A�es foi assinado nesta quarta-feira (2), entre o estado do Rio Grande do Sul e o empreendedor. A unidade fabricarA?, em um primeiro momento, trA?s guindastes: RT, para terrenos acidentados; Gruas, para construA�A?o civil, e Truck Train, guindaste telescA?pio.

“O Brasil e o Rio Grande do Sul vA?o crescer. O paA�s ingressa no segundo ciclo de exploraA�A?o do petrA?leo, com o prA�-sal, enquanto estamos criando todas as condiA�A�es para que o Estado tenha o salto de desenvolvimento. O projeto se insere neste novo momento”, destacou o governador Tarso Genro, na assinatura do acordo de cooperaA�A?o. O chefe do Executivo disse jA? ter tido contato com mais de 25 empreendedores dispostos a investir no Rio Grande do Sul – 15 grupos estrangeiros – e de dezenas de empresas, jA? instaladas no territA?rio gaA?cho, dispostas a ampliar suas plantas, o que ultrapassaria um volume de investimento de US$ 1 bilhA?o.
O gerente geral de operaA�A�es da Manitowoc no Brasil, Mauro Nunes, lembra que o projeto foi desenvolvido em 2006, mas mantido em hibernaA�A?o, em decorrA?ncia das crises econA?micas que atingiram os Estados Unidos e a Comunidade Europeia. “Em 2010 foi retomado com trA?s cidades o disputando: Passo Fundo, a regiA?o de Araraquara e Fortaleza. Na reta final a decisA?o ficou entre SA?o Paulo e Rio Grande do Sul, com empate nos principais itens como logA�stica, suprimento e mA?o de obra. O desempate a favor dos gaA?chos veio com o Fundopem/Integrar”, explicou o executivo.
De acordo com os dois programas do governo, os recursos poderA?o ser utilizados para financiar a instalaA�A?o, ampliaA�A?o, modernizaA�A?o ou reativaA�A?o de plantas industriais e agroindustriais e de centros de pesquisa e de desenvolvimento tecnolA?gico. O Estado busca descentralizar os investimentos buscando o desenvolvimento econA?mico e social de municA�pios e regiA�es carentes de recursos.

Primeira planta na AmA�rica Latina

A planta, primeira na AmA�rica Latina – o grupo jA? tem trA?s unidades nos Estados Unidos e fA?bricas na China, A?ndia, RA?ssia, EslovA?quia, FranA�a, ItA?lia e Portugal – ficarA? no Distrito Industrial de Passo Fundo em uma A?rea de 45 hectares. A empresa norte-americana pretende formar uma rede de fornecedores, principalmente do Rio Grande do Sul, distante no mA?ximo 340 km. TambA�m A� possA�vel que o complexo industrial receba sistemistas, seguindo uma tendA?ncia mundial de produA�A?o.
“A unidade brasileira serA? a terceira do grupo com alta tecnologia na fabricaA�A?o de guindastes pesados, repetindo o que A� feito somente nas nossas fA?bricas dos Estados Unidos e ItA?lia”, lembrou o vice-presidente para a AmA�rica Latina, Larry Weyers. Recebendo as licenA�as ambientais atA� o final de marA�o, projetou o executivo, o plano da empresa A� comeA�ar a montagem da fA?brica em abril, com prazo de 12 meses para ativar sua linha de produA�A?o.

Linha de produA�A?o

Em 2013 a unidade fabril estarA? produzindo 80 mil unidades por ano dos guindastes RT e Gruas, com faturamento previsto de R$ 100 milhA�es. Em 2014 A� prevista a entrada na linha de produA�A?o do guindaste TelescA?pio, com a produA�A?o anual ficando entre 100 e 120 mil unidades, com previsA?o de R$ 400 milhA�es de faturamento/ano. O vice-presidente Larry Weyers nA?o descarta a ampliaA�A?o da planta em cinco anos.
O secretA?rio de Desenvolvimento e PromoA�A?o do Investimento, Mauro Knijnik, destacou a rapidez do processo. “Fomos procurados em janeiro e a empresa decidiu pelo investimento no mA?s seguinte. AlA�m da importA?ncia da fA?brica, temos a escolha do local, descentralizando o empreendimento e investindo em uma regiA?o que necessita de investimentos”, destacou.
Com relaA�A?o A� captaA�A?o de novos investimentos, o secretA?rio disse que nos prA?ximos dias o governador deverA? divulgar os grupos que negociam com o Estado e nA?o teme que isso possa acirrar alguma disputa. “Hoje nA?o temos mais uma guerra fiscal e sim um suicA�dio fiscal, com os governos oferecendo parte de seus patrimA?nios. Cada um faz a administraA�A?o que deseja”, observou.

LicenA�as ambientais

O prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, ressalta a importA?ncia do projeto para o municA�pio e o Estado. “Tenho certeza que estamos diante de um salto de qualidade para o municA�pio que terA? a ampliaA�A?o de seu PIB, bem como colaboraremos com o Rio Grande do Sul em seu processo de desenvolvimento”, garantiu.
Sobre as licenA�as ambientais, o governador observou que o Governo estA? fazendo um mutirA?o para acabar com este gargalo que ocorre na Secretaria do Meio Ambiente, por parte da FundaA�A?o Estadual de ProteA�A?o Ambiental (Fepam). “JA? determinei que se for possA�vel que se faA�a a contrataA�A?o emergencial, que se faA�a concurso e jA? formamos uma forA�a tarefa interna no Governo com tA�cnicos de outras secretarias para agilizar o processo”, disse.

Perfil da Manitowoc

A Manitowoc Crane Group A� uma empresa subsidiA?ria da Manitowoc Company Inc., com sede nos Estados Unidos onde opera desde 1902 no segmento de guindastes industriais assim como na produA�A?o de equipamentos para cozinhas industriais e refeitA?rios. Esta empresa estA? cotada na bolsa de Nova York desde 1971 e possui 15 plantas industriais espalhadas entre Estados Unidos, Europa, JapA?o, A?ndia e China. Nos vA?rios paA�ses onde opera, a Manitowoc ocupa posiA�A?o de destaque em razA?o de sua tecnologia exclusiva.
No Brasil a Manitowoc Crane estA? presente a 20 anos atuando em todo o territA?rio brasileiro, com A?nfase em vendas no CearA?, Pernambuco, ParA?, EspA�rito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e SA?o Paulo, onde estA?o os maiores locadores de guindaste, as maiores construtoras, as mineradoras, as refinarias e as grandes obras de infraestrutura e de produA�A?o pesada.

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