Opinião sobre relatório da ONU sobre a pobreza no Brasil
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Assessoria de ImprensaAssessoria de Imprensa, 14/11/2006
Opinião sobre relatório da ONU sobre a pobreza no Brasil
Confira a opinião do vice-líder do governo Beto Albuquerque
sobre o relatório da ONU que aponta redução da pobreza no Brasil:
Uma das principais bandeiras da primeira gestão do presidente Lula e também da campanha à sua reeleição, a distribuição de renda continua a melhorar no Brasil. A constatação é do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2006, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta quinta-feira. Embora o país tenha reduzido a pobreza, parte da imprensa destacou o fato de o país tem perdido posições no ranking da ONU. Qual a sua opinião sobre isso?
Para ser honesta, neste caso, a comparação tem de ser feita entre períodos diferentes da história do Brasil – e não do Brasil com outros países. O que importa para os brasileiros é se o país ficou menos desigual, e não se está atrás ou na frente deste ou daquele país no ranking. O fato é que o relatório do Pnud indica que a distribuição de renda no país melhorou e, por isso, passa a tratar o Brasil como exemplo de sucesso, não mais como referência de desigualdade. A pobreza diminuiu por conta dos programas sociais do governo Lula e da política econômica consistente. Os avanços sociais são confirmados por outras organizações internacionais e nacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FAO, programas como o Bolsa-Família, que beneficia 11 milhões de famílias, produziram redução de quase 25% na miséria absoluta. Conforme a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), a distribuição de renda no Brasil é a melhor dos últimos 23 anos. A melhoria das condições de vida do brasileiro é evidente, embora tenhamos ainda grandes desafios pela frente.
O que o PSB pode colaborar para que o governo avance ainda mais na questão social?
O PSB tem compromisso histórico com as políticas sociais e a convicção de que cabe ao Estado dar resposta aos fatores de cidadania. Mas, para isso, é fundamental modernizá-lo para que seja capaz de cumprir seu papel, a serviço daqueles que mais precisam, oferecendo serviços abrangentes e de qualidade em áreas como educação, saúde, segurança e proteção social. No primeiro governo Lula, nós, socialistas, defendemos sempre a prioridade para o combate à fome, a redução da pobreza e a execução de políticas que resultem na geração de novas oportunidades de trabalho e na valorização salarial. Nos próximos quatro anos, trabalharemos pela ampliação de programas como o Bolsa-Família, um exemplo internacional de distribuição de renda, que não só combate a pobreza atual, mas prepara as gerações para os futuros desafios do país – visto que articula renda mínima, saúde e educação.
Mas também atuaremos no sentido de garantir a continuidade e aperfeiçoamento de políticas de prevenção dos riscos sociais, que permitam a qualificação dos recursos humanos para prevenir o desemprego; a promoção da empregabilidade; o apoio à iniciativa, ao empreendedorismo e ao associativismo; e que possibilitem o acesso cada vez mais amplo ao sistema educacional público e gratuito, passo fundamental para a inclusão do cidadão no mercado de trabalho.