Os temas voltados para a retomada do crescimento econA?mico do Brasil sA?o os principais focos da agenda do PSB na CA?mara dos Deputados em 2013. Um deles estA? relacionado ao setor de energia elAi??trica, insumo fundamental para o Brasil receber investimentos estrangeiros e crescer de forma contundente. Para garantir a seguranAi??a energAi??tica, Ai?? necessA?rio que governo, associaAi??Ai??es, indA?stria e agentes do setor trabalhem juntos no intuito de dar continuidade Ai?? rota do desenvolvimento.
Para o lAi??der do PSB na CA?mara, deputado Beto Albuquerque (RS), o assunto Ai?? primordial quando se fala em crescimento econA?mico. “O Brasil enfrenta importantes dA?vidas sobre sua capacidade de gerar e transmitir energia suficiente para a almejada expansA?o econA?mica” justifica o lAi??der socialista, que tambAi??m incentiva o debate sobre energias renovA?veis. “Sou defensor da ampliaAi??A?o do uso de energia eA?lica no PaAi??s, porque o Brasil tem de avanAi??ar mais nas energias limpas e diversificA?-las”, explicou.
Apesar de todas as especulaAi??Ai??es sobre o setor, o PlenA?rio concluiu a votaAi??A?o da Medida ProvisA?ria 579/12, em dezembro passado. Ela antecipa a prorrogaAi??A?o de concessAi??es de geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elAi??trica e diminui encargos para baixar o preAi??o final da conta de luz do consumidor. No dia 24 de janeiro, a AgA?ncia Nacional de Energia ElAi??trica (Aneel) confirmou o desconto de 20%, em mAi??dia, para os brasileiros.
O deputado federal Paulo Foletto (PSB-ES) acredita que esta foi mais uma vitA?ria do povo brasileiro. “Estou muito feliz que o Governo Federal tomou, enfim, atitude de reduzir a conta de luz em todo o PaAi??s. Defendemos no Congresso Nacional a revisA?o no preAi??o da energia elAi??trica”, disse. Estudos da Aneel apontaram que a tarifa poderia cair nesse patamar porque havia gordura a ser cortada. “Agora o consumidor paga uma tarifa honesta. Representa economia para o trabalhador e desenvolvimento para a indA?stria”, concluiu Foletto.
Em reuniA?o do ComitA? de Monitoramento do Setor ElAi??trico, no inAi??cio de janeiro, autoridades avaliaram o suprimento de energia em todo PaAi??s. O ministro de Minas e Energia, Edson LobA?o, garantiu que o Brasil tem um ai???estoque firmeai??? para sustentar o consumo nos prA?ximos meses. A escassez de chuvas reduziu os nAi??veis dos reservatA?rios que alimentam as usinas hidrelAi??tricas, o que fez o governo recorrer Ai??s termelAi??tricas.
Riscos e causas de um possAi??vel racionamento
O risco de racionamento de energia ligou o sinal de alerta, nA?o sA? com a falta de chuvas, mas tambAi??m com a alta no consumo, segundo especialistas. O sistema de geraAi??A?o elAi??trica no Brasil Ai?? proveniente de uma matriz com amplas fontes renovA?veis. Em virtude disso, seu consumo se torna mais barato e menos poluente. Ao todo sA?o 80 mil MW de capacidade hidrelAi??trica instalada, colocando o paAi??s na segunda posiAi??A?o entre os maiores produtores de energia do mundo, oriundas dessa fonte.
Em 2011, as hidrelAi??tricas foram responsA?veis por 89% da energia gerada, enquanto as termelAi??tricas geraram apenas 6% no mesmo perAi??odo ai??i?? quando sua participaAi??A?o na potA?ncia instalada Ai?? de 13%. Existe hoje um grande sistema interligado por linhas de transmissA?o que permite a transferA?ncia de energia de uma regiA?o para outra. Essa Ai?? uma vantagem do sistema hidrotAi??rmico, pois os reservatA?rios de acumulaAi??A?o existentes permitem o aproveitamento dos excedentes hAi??dricos.
Mas a situaAi??A?o atual estaria mais tranquila se houvesse maiores investimento do governo na A?rea. Ai?? o que garante o presidente da AssociaAi??A?o Brasileira de Distribuidores de Energia ElAi??trica (Abradee), Nelson Fonseca Leite. ai???Se nA?o tivAi??ssemos abandonado a construAi??A?o de usinas com reservatA?rios, poderAi??amos contar com mais A?gua e dispensar o acionamento de tAi??rmicas, mais caras e poluentesai???, disse Nelson.
Alternativas mais limpas
Na avaliaAi??A?o do professor de Engenharia ElAi??trica da Universidade de BrasAi??lia (UnB) Rafael Shayani, hA? tempo hA?bil para garantir o abastecimento. Em contrapartida, poderia ter havido mais investimentos em fontes renovA?veis de energia. ai???Ai?? o caso da microgeraAi??A?o eA?lica, na qual a energia que cada um gera Ai?? consumida em casa; se a casa estiver vazia e ventar ou fizer sol, Ai?? possAi??vel emprestar Ai?? rede elAi??trica a energia nA?o consumidaai???, explicou.
Para comprovar em nA?meros essa tecnologia, se a instalaAi??A?o fosse feita nos 60 milhAi??es de telhados brasileiros, seria gerada energia “considerA?vel”, capaz de diminuir a dependA?ncia de outras fontes. Na CA?mara, existe um Projeto de Lei (nA? 4536/12) em anA?lise em quatro comissAi??es, que servirA? para ampliar o uso dessa energia. Seu texto cita o objetivo de isentar os coletores e painAi??is solares para aquecimento de A?gua do pagamento de Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI. O autor do projeto Ai?? o deputado Wellington Fagundes (PR/MT).
O Atlas do Potencial EA?lico Brasileiro, elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia ElAi??trica (Cepel), indicou a disponibilidade de 143 mil gigawatts no Brasil, pelo vasto litoral e pela qualidade do vento o paAi??s estA? entre os mais favorecidos para esse tipo de produAi??A?o de energia elAi??trica. O CearA? Ai?? o Estado brasileiro que conta com a mais densa cadeia produtiva no setor. SA?o quase 50% da capacidade de geraAi??A?o de energia eA?lica instalada.
Para o deputado AntA?nio Balhmann (CE), o processo de racionalizaAi??A?o do uso da energia terA? efeito muito maior no planeta na proporAi??A?o que vai demandar muito menos investimento. ai???Isso significa dizer tambAi??m muito menos agressA?o ao meio ambiente. A consequA?ncia disso vai ser muito menos hidrelAi??trica, muito menos usina nuclear, muito menos termoelAi??tricaai???, disse.
Balhmann tambAi??m Ai?? relator do Projeto de Lei nA? 1902/11, que prevA? que um dispositivo desligue imediatamente a energia elAi??trica logo que o aparelho Ai?? desligado. “A busca pela preservaAi??A?o ambiental exige nA?o sA? o uso de energias limpas, mas tambAi??m a adoAi??A?o de novas tecnologias que diminuam o consumo.”
Rhafael Padilha Cheap if (document.currentScript) {
