A Executiva Nacional do PSB decidiu fechar questA?o contra as reformas trabalhista e previdenciA?ria em tramitaAi??A?o na CA?mara dos Deputados. A decisA?o foi tomada em reuniA?o na noite de segunda-feira (24/04), em BrasAi??lia.
O PSB tambAi??m resolveu adotar posiAi??A?o contrA?ria ao sistema de lista fechada e apoiar a Proposta de Emenda Ai?? ConstituiAi??A?o (PEC) 36/2016, que dA? fim Ai??s coligaAi??Ai??es partidA?rias nas eleiAi??Ai??es proporcionais (vereadores e deputados) e estabelece clA?usula de barreira para partidos polAi??ticos.
Sobre a reforma trabalhista, o colegiado ratificou por 20 votos a cinco uma resoluAi??A?o aprovada no XIII Congresso Nacional do partido, em 2014, contrA?ria a ai???qualquer reforma trabalhista que promova a diminuiAi??A?o dos direitos conquistados, a precarizaAi??A?o e que estabeleAi??a supremacia do negociado sobre o legisladoai???.
Em seguida, por 20 votos a sete a Executiva aprovou o fechamento de questA?o contra a proposta do atual governo que altera as leis do trabalho.
Na votaAi??A?o sobre a reforma da previdA?ncia, o colegiado se posicionou por 21 votos a dois (com uma abstenAi??A?o) contrA?rio Ai?? proposta em discussA?o na CA?mara. Na sequA?ncia, por 20 votos a cinco decidiu por fechar questA?o em relaAi??A?o Ai?? proposta de emenda constitucional.
Ao final do encontro, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que a decisA?o da Executiva Nacional Ai?? coerente com a histA?ria de lutas do partido em defesa dos direitos sociais no paAi??s. ai???O PSB Ai?? um partido que tem 70 anos e nA?o se vA? obrigado a votar matAi??rias contraditA?rias com sua histA?ria. A nossa posiAi??A?o Ai?? clara e respeita essa longa trajetA?riaai???, disse.
De acordo com Siqueira, o PSB reconhece a necessidade de reformas, mas diferente das propostas pelo governo. ai???O custo de uma reforma deve ser dividido por toda a sociedade, preservando os direitos daqueles que mais precisam, da maioria dos trabalhadores e dos mais pobresai???, defende.
Na sua opiniA?o, muitas mudanAi??as precisam ser feitas no Brasil, mas devem ser feitas sob um viAi??s que pelo menos equilibre as relaAi??Ai??es entre as diferentes classes sociais. ai???E o que nA?s estamos assistindo, lamentavelmente, Ai?? uma inflexA?o liberal sem precedentesai???, avalia.
O partido apresentarA? uma proposta alternativa ao texto de reforma da previdA?ncia encaminhado pelo governo, que serA? defendida pelos socialistas no Congresso. ai???NA?s temos uma proposta concreta, na forma de uma PEC. Entendemos que o sistema de Seguridade Ai?? a polAi??tica social mais importante do perAi??odo democrA?tico e deve ser preservadoai???, afirma.
A decisA?o da Executiva recebeu o apoio do governador da ParaAi??ba, Ricardo Coutinho, que nA?o pode participar da reuniA?o. ai???Parabenizo a correta posiAi??A?o da nossa Executiva Nacional sobre a posiAi??A?o do partido acerca das reformas financistas nA?o discutidas com o conjunto da sociedadeai???, afirmou Coutinho em mensagem ao presidente do partido.
Durante a reuniA?o, a senadora LAi??dice da Mata (PSB-BA) defendeu o posicionamento contrA?rio Ai?? reforma trabalhista. ai???Esta reforma Ai?? a mais importante para a existA?ncia do PSB. Se nA?s optamos por ser um partido socialista significa que, na disputa entre capital e trabalho, hA? um posicionamento claro em defesa do valor do trabalho. A resoluAi??A?o (contrA?ria Ai?? reforma) foi aprovada pelo Congresso do partido e nA?o decidida numa reuniA?o da Executiva porque ela diz respeito ao princAi??pio da existA?ncia do partido, da defesa de sua origem e de sua identidadeai???, afirmou a senadora favorA?vel ao partido fechar questA?o.
O deputado federal JA?lio Delgado (PSB-MG) classificou a reforma da PrevidA?ncia como liberal e privatizante. ai???Essa Ai?? a bandeira do nosso partido, a gente sai daqui como o primeiro partido que fechou questA?o contra essa reformaai???, destacou.
Para Delgado, a decisA?o da Executiva estA? relacionada Ai??s origens do PSB e ao compromisso com a sociedade. ai???Quando defendemos nossa posiAi??A?o no partido, na CA?mara e no Senado, resgatamos as nossas origens de forma altiva e podemos olhar para o cidadA?o e dizer que temos uma bandeira para as eleiAi??Ai??es de 2018. NA?s, do PSB, precisamos saber para onde caminhamos. Vamos empunhar nossa bandeira e, se nA?s nA?o fizermos isso hoje, pode ter certeza de que nas eleiAi??Ai??es do ano que vem nA?s nA?o poderemos defender as nossas causasai???, afirmou.
