ComposiA�A?o das equipes dos candidatos A� marcada por disputas polA�ticas, interesses pessoais e relaA�A�es de confianA�aNa corrida pelo PalA?cio Piratini, a largada jA? vem truncada.
Colegas de partido se acotovelam, alguns querendo entrar na cA?pula da campanha, outros contestando quem jA? entrou, e panelinhas ganham forA�a num ritmo mais natural que qualquer coligaA�A?o.
O PMDB rachou no meio: uma ala quer Mendes Ribeiro coordenando a campanha de JosA� FogaA�a, mas outro grupo nem conversa com o deputado federal. No PSDB, a governadora Yeda Crusius sA? quer a sua volta pessoas de seu cA�rculo mais prA?ximo. JA? o PT prefere o oposto: para a campanha de Tarso Genro, aposta no comando de militantes histA?ricos, para tentar unir o partido.
A� entre os peemedebistas a disputa mais tenaz. Mendes pretendia conversar, na prA?xima terA�a-feira, com a bancada na Assembleia Legislativa, mas foi aconselhado a desistir. No momento, A� ele quem coordena as negociaA�A�es da chapa, mas deputados se irritam com a ideia. Entre os descontentes, estA?o Alceu Moreira, Edson Brum e Marco Alba.
a�� Sou candidato a deputado federal, e o Mendes tambA�m. Competimos dentro do partido, e nA?o acho correto ele se apresentar aos eleitores como a pessoa mais prA?xima do futuro governador a�� diz Moreira.
Mendes afirma estar coordenando as articulaA�A�es a�?por enquantoa�?. Nada estarA? definido, garante ele, antes de reuniA?o na quinta-feira com o PDT, parceiro de alianA�a. SA? que a rixa A� mais antiga: enquanto Mendes A� alinhado ao grupo do senador Pedro Simon, seus adversA?rios preferem a corrente de Eliseu Padilha, deputado federal isolado das tratativas.
Participar de uma campanha A� a porta para o poder. Quem contribui para montar um governo, invariavelmente participa dele depois: ou ocupando cargo de primeiro escalA?o, ou indicando cargos em comissA?o (CCs).
a�� Pessoas envolvidas no processo criam, naturalmente, proximidade com o mandato a�� diz o deputado estadual Luiz Fernando ZA?chia (PMDB).
Para premiar quem considera leal, Yeda monta uma equipe ao prA?prio gosto. Os envolvidos serA?o aqueles que respeitaram sua autoridade. Mais do que companheiros polA�ticos, sA?o pessoas que a acompanham em chA?s no fim da tarde.
Candidatos a deputado temem dupla jornada
Tucanos garantem, nos bastidores, que o economista Carlos Crusius voltarA? A� cena para contribuir como conselheiro de campanha. Presidente estadual do PSDB, o deputado federal Claudio Diaz A� cotado para a coordenaA�A?o geral, mas tem receio de assumir uma dupla jornada: preocupa-se com o tempo que poderA? dedicar A� prA?pria reeleiA�A?o. Sobre Crusius, nA?o confirma nem nega:
a�� Ele participarA? se for indicaA�A?o pessoal de alguA�m, A� um homem inteligentA�ssimo, um acadA?mico preparado. Mas nA?o estarA? envolvido pelo partido.
No PT, a cA?pula batalhou por nomes testados nas urnas para tocar a chapa. O ex-governador OlA�vio Dutra serA? o coordenador geral e o ex-deputado Flavio Koutzii, o conselheiro polA�tico. As correntes receberam funA�A�es na chapa, mas os cargos de evidA?ncia sA?o de lA�deres tarimbados. Apesar da tentativa, cada centA�metro A� alvo de disputa.
a�� Aqui em Porto Alegre, onde temos mais de um milhA?o de eleitores, quem farA? a coordenaA�A?o A� a presidA?ncia do partido, coordenada por mim a�� diz o presidente municipal do PT, vereador Adeli Sell, resumindo o espA�rito na legenda.
YEDA CRUSIUS
Claudio Diaz desponta como cotado para assumir a coordenaA�A?o-geral. Por ter demonstrado lealdade nos momentos conturbados, em a gratidA?o de Yeda. Suplente, ganhou uma cadeira na CA?mara em 2007, apA?s a morte de JA?lio Redecker. Em 2009, se tornou presidente do PSDB. SecretA?rio mais prA?ximo da governadora, Daniel Andrade coordena o programa de obras que deve ser uma das principais bandeiras da campanha.A� A� o titular da pasta de Infraestrutura, e sua relaA�A?o com o meio empresarial A� vista como fator-chave para a arrecadaA�A?o. Economista, Carlos Crusius foi presidente do conselho de comunicaA�A?o do governo e sempre se manteve nos bastidores. Em todas as eleiA�A�es disputadas por Yeda, foi peA�a fundamental na coordenaA�A?o. SerA? convocado para trabalhar no programa de governo. Carlos Callegaro A� amigo da governadora hA? anos. Ambos se conheceram na UFRGS, onde foram professores. A mulher dele, Vera, tambA�m A� das relaA�A�es de Yeda e chegou a ser secretA?ria do Meio Ambiente. Callegaro, alA�m de dirigente do PSDB, foi nomeado reitor da Uergs.
BETO ALBUQUERQUE
Caleb de Oliveira, presidente estadual do PSB, com Beto as tratativas com outras siglas para tornar acandidatura competitiva. O dirigente A� considerado umcuringa do partido. Portanto, se envolverA? em todas asA?reas da ca mpanha, do plano de governo A�s questA�es logA�sticas. Conhecido em Caxias do Sul, onde desenvolveu sua trajetA?ria polA�tica, deverA? incrementar o assA�dio ao eleitorado da Serra a�� jA? que a base de Beto situa-se na Capital.
JOSA� RODRIGUES
O jornalista Luiz Gonzalez, amigo de JoA?o Rodrigues (PTC) hA? 20 anos, carrega na bagagem a experiA?ncia de ter participado da fundaA�A?o do PT gaA?cho. Filiou-se ao PTC em 2007 e, no ano seguinte, coordenou a campanha de Rodrigues A� prefeitura de Alvorada. Atualmente, A� o vicepresidente estadual da legenda a�� o presidente A� o prA?prio Rodrigues.
PEDRO RUAS
Vereadora em primeiro mandato, Fernanda Melchionna, 26 anos, ocupa a cadeira ao lado de Pedro Ruas (PSOL) na CA?mara de Porto Alegre. Assume o comando da campanha mirando nos jovens que simpatizam com propostas de esquerda. O programa de governo construA�do para a deputada federal Luciana Genro, que foi candidata A� prefeitura da Capital em 2008, serA? adaptado para a campanha de Ruas.
JAsLIO FLORES
A presidente estadual do PSTU, Vera Guasso, vai se empenhar na construA�A?o do plano de governo de Julio Flores. JA? Giovanni Mangia, assessor de imprensa de sindicatos, A� o caA�ula dos coordenadores: tem 25 anos. Foi escolhido para comandar a campanha de Flores apA?s uma divisA?o de tarefas na sigla. Os jovens devem ser o principal foco da campanha.
MONTSERRAT MARTINS
Entre os verdes, Jorge Uequed coordenarA? um movimento a favor da senadora Marina Silva (PV-AC), candidata A� PresidA?ncia. Este A� um dos pilares da campanha de Montserrat. O plano de governo terA? gerA?ncia de Giovani Carminatti a�� advogado que coordenou a campanha verde em 2006. A agenda do candidato serA? de responsabilidade do economista Nelton Schmidt.
LUA?S AUGUSTO LARA
Ivandre Medeiros, considerado um dos principais tA�cnicos do PTB, A� homem de confianA�a do senador Sergio Zambiasi, para quem trabalha hA? 20 anos. Administrador especializado em GestA?o PA?blica, atua nas pesquisas internas do partido, o que lhe confere aptidA?o para avaliar o engajamento na campanha. A� presidente do conselho de administraA�A?o do Instituto Solon Tavares, que trabalharA? no plano de governo de Lara, chefiado pelo petebista Pedro Gabril.
