Assessoria de Imprensa, 20/05/2005 Rio Grande do Sul pode ter a primeira planta de biodiesel
O Rio Grande do Sul pode ter, dentro de um ano, a primeira planta de biodiesel. A BSBIO, empresa com sede em Passo Fundo, pretende investir R$ 24 milhões nos próximos 16 meses para implantar a unidade que terá capacidade de produzir 69 milhões de litros/ano, a partir de óleos vegetais. Esse volume é suficiente para abastecer o mercado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Um passo importante foi dado na última semana , em Brasília, durante audiência com a ministra Dilma Roussef (Minas e Energia). Pouco antes de o presidente Lu iz Inácio Lula da Silva sancionar a lei que reduz a tributação de produtos agrícolas destinados à produção de biodiesel, no Palácio do Planalto, o secretário de Desenvolvimento de Passo Fundo, Marcos Cittolin e representantes da empresa receberam da ministra apoio entusiasmado para o projeto.
Segundo o vice-líder do governo, Beto Albuquerque, que participou do encontro, a reação da ministra tem explicação: o biodiesel é "a menina dos olhos do presidente", que vê na atividade grande potencial de geração de emprego e renda e substituição de importação. "O projeto gaúcho tem tudo pra dar certo e colocar o Estado à frente neste novo filão da economia brasileira, que sai à frente de países como os Estados Unidos", disse Beto. A partir deste mês, o início do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel garantirá a adição de 2% de biodiesel a todo óleo diesel consumido no país.
Segundo Beto, a adição de 2% de biodiesel – o chamado B2 – representaria uma economia de 800 milhões de litros na frota brasileira. Além disso, o biodiesel emite 78% menos gás carbônico na atmosfera terreste. Além de soja, o projeto gaúcho deverá utilizar a canola, linhaça – em substituição à cultura do trigo – e o girassol, produzidos por pequenos produtores. A Secretaria de Desenvolvimento de passo Fundo já cedeu uma área de 23 hectares para receber a planta.
