O seminário “Discutindo novas atitudes para um trânsito seguro”, realizado na segunda-feira (20), reuniu órgãos de trânsito, autoridades e instituições de ensino para tratar do tema. O encontro, promovido pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, presidida pela deputada Liziane Bayer, em parceria com o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran/RS), ocorreu na sala João Neves da Assembleia Legislativa.
Na abertura, a deputada destacou a importância do debate. “O seminário auxilia na criação de uma nova consciência da participação do cidadão no trânsito. A maioria das pessoas que participa das nossas atividades diz que, quando sai daqui e vai dirigir, passa a pensar um pouco diferente sobre o trânsito.”
O seminário, que encerrou o ciclo de painéis do grupo neste ano, abordou questões como o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que contou com a presença do ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB), autor do Projeto de Lei que institui o Plano e está em tramitação na Câmara Federal.
Beto apontou que uma das causas dos acidentes de trânsito é o sentimento de impunidade, por este motivo o Plano Nacional propõe as abordagens diárias nas rodovias, visando alertar os motoristas dos perigos iminentes.
O Pnatrans, segundo Beto, é inspirado nas experiências da França e da Espanha, que reduziram em 50% e 64%, respectivamente, o número de mortes no trânsito em uma década. “Esses são exemplos de países que se autoimpuseram regulações de trânsito, controle de abordagem, vigilância e acima de tudo perseguiram a redução das mortes e deram certo. Precisamos de metas que devem ser prioritárias aos entes da Federação”.
Pela proposta, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve estabelecer metas anuais de reduço de mortes nas vias para todos os estados, em duas categorias: mortes por grupo de habitantes e mortes por categoria de veículo. Essas metas serão fixadas por meio de propostas dos conselhos Estaduais de Trânsito (Cetrans) e do Conselho de Trânsito do Distrito Federal (Contrandife), e divulgadas a cada ano durante a Semana Nacional do Trânsito, em setembro. O Pnatrans deverá ser elaborado em conjunto pelos órgãos de saúde, trânsito, transportes e justiça.
Os conselhos estaduais participarão da elaboração das metas promovendo audiências públicas em seus estados. Eles deverão delinear as ações e programas que estiverem conduzindo para garantir o cumprimento dessas suas metas, além de dar transparência à execução do orçamento destinado a esse objetivo.
Posteriormente, o assunto foi a construção de cidades educadoras e inteligentes, abordado dentro do programa UniverCidade Educadora, da UPF, com a professora da instituição, Daniela dos Santos. Trata-se de um programa que busca ensinar a comunidade a se sentir parte do problema, fazendo com que as pessoas se conscientizem.
O pedestre deve se comportar como pedestre atravessando apenas nos lugares indicados e o motorista se comportar como motorista, respeitando as sinalizações de trânsito. Este ensino é dado as crianças e adolescentes, para que possam aprender desde a pequenos que as leis de trânsito servem para nos proteger e devem ser respeitadas.
Na sequência, o painelista foi o chefe da Comunicação Social e de Educação para o Trânsito da Policia Rodoviária Federal do RS, Alessandro Castro, que abordou questões como direção defensiva e educação no trânsito. De acordo com Castro, o principal objetivo do painel foi apresentar estatísticas verificadas em rodovias federais do Estado com a intenção de alertar para a redução dos acidentes.
O encerramento do evento foi realizado pelo presidente do Conselho Estadual do TrA?nsito (Cetran/ RS), Luiz NoAi?? Souza Soares.
