Senado aprova criação de empresa pública no Estado para cuidar de tecnologia avançada
- Posted by: Ass. Imprensa
- Posted in Geral, Notícias
- Tags:
[11/07/2008]
O Senado aprovou nesta quarta-feira (9/7) o projeto de lei que transforma em empresa pública o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). “O Ceitec terá papel importante a desempenhar para que o Brasil alcance a autonomia na produção de semicondutores”, afirma o vice-líder do governo, deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS). Ele foi o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O projeto de lei estabelece que a empresa estará vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e será sediada na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, podendo abrir escritórios em outros estados e no exterior. O projeto aguarda a sanção do presidente Lula.
Instalado no bairro Lomba do Pinheiro, o Ceitec é o primeiro centro especializado na produção de circuitos eletrônicos da América Latina. A unidade foi criada em parceria com a Motorola, que doou 150 toneladas de equipamentos, com o apoio da prefeitura da capital e do governo do Estado. A nova empresa está dividida em unidades de design e fabricação de chips e de concepção de produtos com circuitos eletrônicos. A sua capacidade de produção será de 50 milhões de chips em 2010. “O Ceitec é uma das prioridades da política industrial do governo Lula, que compreende a importância de reduzir a dependência das importações”, afirma.
O Brasil importa a maioria dos chips utilizados pelos setores de telecomunicações, informática, eletrônica de consumo e embarcada, e automação industrial. Isso representa 40% do déficit da balança comercial do complexo eletrônico brasileiro que, em 2006, superou US$ 9,7 bilhões. Beto Albuquerque destaca a gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia que, desde 2003, investiu cerca de R$ 260 milhões, além da atuação da bancada gaúcha que garantiu o orçamento necessário para a conclusão da obra. Exemplo disso ocorreu em 2006, quando a bancada aprovou emenda de R$ 33 milhões apresentada por Albuquerque. “Agora, nós, gaúchos, temos a chave para abrir as portas do mercado de semicondutores no país.”