Alunos protestam em favor da escola pública
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Jornal do Comércio – Porto Alegre, 10/5/2007
Uma manifestação que contou com cerca de 300 estudantes do Ensino Médio e Fundamental de Porto Alegre pediu ontem investimentos na rede pública estadual. Os alunos protestaram contra o que consideram um sucateamento da educação pública pelo governo Yeda Crusius.
A manifestação, apoiada pela União Nacional dos Estudantes e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, deixou o trânsito na área central completamente parado. Os manifestantes partiram do colégio Júlio de Castilhos e, na avenida João Pessoa, deixaram o trânsito em meia-pista.
Na praça Argentina, um outro grupo de alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) se incorporou à manifestação. Os dois grupos seguiram em direção à sede da universidade na rua Sete de Setembro, onde pediram mais investimentos em educação pública e o não-fechamento da instituição. O pró-reitor de Extensão e Relações Institucionais da Uergs, Júlio Bernardes, garantiu que as reivindicações apresentadas são legítimas, e que os assuntos abordados por eles já estão em pauta.
Na avenida Borges de Medeiros, os estudantes e os agricultores do Grito da Terra Brasil, que também realizavam uma manifestação por mais investimentos na agricultura, encontraram-se em frente ao prédio do Instituto Nacional do Seguro Social e seguiram em conjunto para a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini.
A direção do Cpers/Sindicato entregou ontem, ao Conselho Estadual de Educação (CEEd), em Porto Alegre, um documento pedindo soluções aos problemas nas escolas estaduais. O documento expõe as dificuldades enfrentadas pela educação no Estado, já que no mês de maio ainda não foram tomadas providências para a realização de concursos públicos, nomeações de professores, funcionários e especialistas em educação. O texto traz dados relacionados ao remanejamento de pessoal, o que teria determinado o fechamento de bibliotecas, serviços de orientação e supervisão pedagógicas e de laboratórios de ciências e informática.
A presidente do Cpers/Sindicato, Simone Goldschmidt, disse que o Conselho tem o poder de cobrar do governo estadual o imediato retorno à normalidade na rede estadual de ensino. "O fechamento de bibliotecas e de laboratórios contraria, inclusive, as normas deste conselho", disse a presidente ao entregar o documento do sindicato ao presidente em exercício do conselho, Raul Gomes de Oliveira Filho.
A secretária da Educação, Mariza Abreu, afirmou que trabalha para atender às demandas da educação, sempre com o foco na qualidade do ensino. Sobre o quadro de pessoal, segundo ela, ainda nesta semana, será publicado no Diário Oficial a nova classificação dos contratos temporários para servidores, com o preenchimento de 65 vagas para a Capital.