Debate reúne candidatos ao Senado na Federasul

Sep 13 2018
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A reunião almoço “Tá na Mesa” promovida pela Federasul nessa quarta-feira (12) teve a participação dos principais candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul

Os candidatos foram recebidos pela presidente da Federasul, Simone Leite, e puderam discorrer sobre suas trajetórias e propostas políticas para representar o Estado no Congresso pelos próximos oito anos. Beto Albuquerque abriu sua participação questionando a atuação dos atuais representantes gaúchos. “Tem faltado solidariedade no senado federal em nossa mais profunda e grave crise”, disse o candidato, que acredita ser necessário priorizar a aprovação do plano de renegociação proposto pelo atual governo Estadual.

“Não queremos nada de favor. O Rio Grande não nasceu da moleza. Nasceu da luta”.

Entre as propostas defendidas por Beto Albuquerque, esteve a proposição de um novo pacto federativo, que beneficie os municípios em detrimento do poder concentrado nas mãos do governo federal. De acordo com o ex-deputado estadual e federal, e ex-candidato a Vice-Presidente da República, essa é outra pauta urgente para que o dinheiro arrecadado com impostos reflita na melhora da vida das pessoas.

Cada candidato respondeu também a uma pergunta sobre seus posicionamentos em relação a quatro temas polêmicos: a redução da maioridade penal, o estatuto do desarmamento, o casamento gay e o aborto. Beto Albuquerque, disse que sobre a redução da maioridade penal, é muito importante que se dê condições para que os jovens tenham alternativas à vida que o crime oferece. Mas que aceita discutir essa questão quando o que estiver em pauta sejam crimes hediondos. Sobre o estatuto do desarmamento, Beto considera a liberação do porte de armas um assunto muito delicado, mas não se opõe a que indivíduos com condições técnicas e psicológicas de possuir armamento dentro de suas propriedades, especialmente em regiões rurais, tenham liberdade para isso. Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Beto lembrou que o Supremo já se posicionou sobre isso, e que a tendência é que essa decisão seja respeitada. Para o candidato, não há porque o Estado diferenciar o amor, levando em consideração o gênero dos indivíduos, ainda que a religião possa, dentro de seus dogmas, não receber nas igrejas esse tipo de união. Sobre o último tema, Beto voltou a dizer que não se pode criminalizar a mulher que busca o aborto, ainda que ele pessoalmente não apoie esta prática como método contraceptivo.

Beto ainda falou sobre suas propostas para a segurança pública, como a federalização do presídios, a utilização do Exército para o controle de fronteiras e sentenciou:  “O Estado precisa mesmo é de Senadores que estejam acima de seus partidos e ideologias, mas representem com dignidade os verdadeiros interesses dos gaúchos”.